A comunicação tem sido o grande problema do Campeonato Mundial de Ralis, e talvez seja até a maior causa para a enorme perda de visibilidade do campeonato nas ultimas décadas.
David Richards estudou esse assunto no grupo de trabalho que lidera para mudar o WRC, mas também lidou com a temática quando em 2000 adquiriu a Bernie Ecclestone a ISC que detinha os direitos de imagem do WRC.
Questionado pela revista Racecar Engineering sobre a incapacidade do WRC em fazer passar a mensagem que usa combustíveis sustentáveis, Richards aproveitou para falar sobre a comunicação no campeonato.
"Os ralis são uma excelente plataforma para os combustíveis sustentáveis e tencionamos apostar forte nessa área para ter a certeza que têm a promoção e visibilidade que merecem, o que não acontece agora".
E a seguir continuou, "é aqui que entra a promoção do campeonato, a comunicação. Estamos a trabalhar na questão técnica, mas a FIA está a comprometer-se a promover o desporto de forma mais efetiva, revendo os aspetos comerciais para construir o perfil melhor."
O britânico falou da televisão que aponta como mais valia mas também problema. "Ninguém pode criticar a cobertura televisiva atual. É soberba e os promotores estão a fazer um trabalho excelente, mas o foco deles é muito centrado na televisão."
Para David Richards o trabalho tem de passar por "comunicar não só para os fãs como a televisão tende a fazer, mas sim para o publico generalista na periferia do WRC, ou até para aqueles que perdemos nos anos recentes."
Se há alguém que conhece bem esta temática é David Richards. Quando assumiu a ISC em 2000 estabeleceu um conjunto de objetivos técnicos que conseguiu atingir, o problema foram os objetivos comerciais que falhou repetidamente até a ISC ter de ser vendida quase falida à North One Television, e sem conseguir em quase uma década aumentar a audiência do WRC.
Consulte as notícias em rodapé para relembrar como foi há duas décadas.
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