Num ano em que o mundial de ralis passa por uma crise de imagem, a ISC atravessa a maior crise de sempre, mas David Richards quer que o contrato desta entidade com a FIA seja prolongado.
O baixo interesse em torno do mundial de ralis levou a que o número de construtores baixasse, facto que para a entidade promotora e detentora dos direitos de imagem - a ISC - se revela problemático com uma quebra significativa nas receitas.
Este problema da ISC já era previsível, mas ultimamente tem assumido contornos preocupantes. Para começar a rádio WRC que acompanha em directo as provas não esteve presente na Argentina. Apesar de se terem apontado dificuldades técnicas e logísticas para esta ausência, o facto de durante a prova sul-americana terem corrido rumores de que a WRC Radio poderia não voltar a emitir té ao final do ano veio deixar a nu que afinal eram os Euros a razão da ausência.
A rádio está de volta, mas em duvida está um serviço que se revela de extrema importância: O tracking por GPS. Este serviço permite a obtenção de tempos intermédios nas classificativas além de permitir o acompanhamento dos veículos em prova, coocando também em funcionamento o sistema de obtenção de tempos nas classificativbas.
Segundo o site Rallymagazine.de, David Richards nega que a ISC atravesse dificuldades financeiras, mas o homem forte da ISC, Prodrive e Aston Martin deve estar a esquecer-se que tem fornecedores à espera de pagamentos atrasados e, pior, deve-se ter esquecido que o Tracking System no Rali da Finlândia terá de ser pago pelo organizador num valor de cerca de 100.000 Euros.
Para além disto, e ainda segundo o site germânico, David Richards está em negociações com a FIA para a renovação do contrato com a ISC, contrato este que termina em 2010 mas que o britânico quer estender para depois dessa data, sendo a unica forma possível (ainda segundo Richards) de manter tudo em funcionamento e rentabilizar os investimentos.
Em conclusão, David Richards não deverá estar a obter a rentabilidade esperada com a ISC, então nada melhor que pressionar a FIA alegando que sem dinheiro não há tracking system já na Finlândia. A questão que se coloca é a de se será justo os finlandeses, e provavelmente as restantes provas de 2007, pagarem por um serviço que as primeiras oito provas não pagaram? Independentemente de ser justo ou não, é preocupante que um serviço como este se veja ameaçado de parar a meio da temporada.
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