No centro da revolução que a FIA quer fazer no Campeonato Mundial de Ralis estão os veículos da categoria Rally1, a nova geração destes veículos que a FIA prevê já poderem correr em 2026, mas cujo ano "a todo o vapor" será a partir de 2027.
A entrevista que David Richards deu um grupo selecionado de jornalistas foi longa, com pormenores detalhados e não faltaram ideias de como serão os novos carros.
O Autosport britânico publicou um artigo que aprofundou o que Richards disse sobre os futuros Rally1, com bastantes alterações em relação aos atuais, mas também foi deixando duvidas com as suas afirmações.
"Não serão radicalmente diferentes, usarão chassis tubular tal como os Rally1 atuais, será um chassis mais largo e a intenção é que seja um comum para todos," começou por afirmar Richards.
O conceito de ser comum, a sua conceção e construção poderá ser diferente para poupar nos custos. "A ideia é que a FIA avalie a possibilidade de subcontratar a produção dos materiais em vez de contratar uma empresa que construa todo o chassis, e assim disponibilizá-los. As equipas poderão montar elas o chassis tubular, qualquer preparador poderá montar o chassis tubular e depois comprar uma carroçaria homologada de um construir e colocá-la no chassis."
Quanto a dimensões a intenção é que seja "mais largo que o atual para que possa acomodar carros maiores, o carro que o construtor quiser promover.
Um campo onde a FIA poderá passar a intervir é do das transmissões, "poderemos criar um controlo sobre as transmissões também para baixar custos." E isso poderá ser feito "nomeando um construtor ou vários construtores que aceitem vender estes componentes a um preço específico." Basicamente as mesmas transmissões e caixas de velocidade para todos." O resto, "tudo o resto seguirá o mesmo princípio dos os Rally2 atuais." Tudo com um limite de preço de 400.000Euros.
Richards reconhece que lançar estas ideias para carros que espera que vejam a luz do dia no decorrer de 2026 é um pouco "apertado" e por isso "não acredito que hajam muitos carros em 2026, mas vão aparecendo durante a temporada para que em 2027 estejamos apenas com a nova regulamentação." Ou seja, em 2026 poderemos ter os novos e os antigos Rally1 com Richards a crer que os novos "por causa da largura poderão ser marginalmente mais lentos.
Estes rascunhos foram um trabalho feito em tempo record e poderá ser um trabalho que não agrade às marcas em todos os aspetos apesar delas terem sido consultadas, "mas é um processo honesto que levamos a cabo e que se desenvolverá nos próximos dois anos. Não há uma varinha mágica, isto não vai ser maravilhoso já amanhã, mas seremos julgados daqui a dois anos."
E para terminar deixou a mensagem de que "Nós não temos todas as respostas. Estas são as nossas recomendações. Estas são as coisas que achamos que vão resultar, por isso vamos trabalhar em conjunto."
O trabalho da equipa de David Richards e Robert Reid foi proposto no Conselho Mundial da FIA e agora é tempo de definir e detalhar melhor as coisas para serem propostas na próxima reuniao do conselho em Junho.
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