Fique com a terceira série de notícias soltas do Vodafone Rali de Portugal que ao longo de três dias animou as estradas da zona Centro e Norte do país.

Super-especial sem público foi uma coisa estranha
Ao ver as imagens da Superespecial da Foz do Porto ficam diversas questões no ar. Como foi possível fazer aquela superespecial sem público com tanto espaço à volta? Entende-se a opção de não ter bancada pelo timing em que o rali recebeu o "ok" para ter espectadores, mas não se entende a opção de, desde o seu anúncio, não ter zona de pião, parecia até contra-natura. Deram-se ao trabalho de vedar toda a zona circundante do lado da cidade com redes cobertas tecido preto para impedir que algum transeunte conseguisse ver! Para além disso, se a super-especial foi pensada sem público, então qual a necessidade de tantos jerseys de betão que estrangulam o percurso e criam uma poluição visual tremenda que joga contra a produção televisiva? Não chega ter uma super-especial numa zona bonita junto ao mar, se depois as imagens do traçado em si são feias. Aquela zona tem beleza e merecia ser melhor tratada na montagem desta classificativa.

Villas-Boas foi o cartão de visita da Sports&You
Não há dúvida que a vinda de André Villas-Boas trouxe ainda mais mediatismo ao Rali de Portugal, e a Sports&You acaba por levar também com a sua dose de visibilidade por assistir o carro do treinador. O que certamente a estrutura sediada em Paredes não esperava era que dos seis carros que colocou na prova o único a terminar fosse precisamente o de André Villas-Boas. A efectuar o segundo rali da sua vida, o homem da "Race For Good" conseguiu o 33º lugar final.

Andrea Adamo resignado
Não foi um rali fácil para a Hyundai e Andrea Adamo teve de dar a cara, mas fê-lo sempre reconhecendo que todos na equipa têm trabalhado duro e assumindo ser sua função mantê-la motivada. Mostrou-se optimista que na Sardenha a Hyundai seja capaz de transformar a performance dos i20 WRC em resultados e está confiante que "no final, tudo irá correr bem". Mas prevenindo a eventualidade de acontecer mais um daqueles descalabros a que por vezes a equipa nos habituou, assegurou logo que "se não correr também não será o fim."

Triunfo português
Os triunfos dos últimos anos têm tido quase sempre um sabor português. VW, Ford, Hyundai e Toyota sempre tiveram elementos portugueses ligados ao carro vencedor, normalmente os mecânicos. Desta vez foi o mesmo o engenheiro de Elfyn Evans que é português, neste caso Rui Soares, e Evans não se esqueceu dele. "O meu engenheiro é português e por isso era muito especial para ele vencer ‘em casa'. Estou muito satisfeito por lhe dar essa recompensa pelo árduo trabalho que ele faz por mim, referiu o vencedor em afirmações à agência Lusa.

Os amadores no Rali de Portugal
Longe vão os tempos em que eram muitas as equipas amadoras a alinhar no Rali de Portugal com o sonho de chegar ao final. Esses tempos já lá vão, mas ainda há quem faça jus a esse espírito ainda que não seja exactamente a mesma coisa de há umas décadas. Mesmo assim não é injusto afirmar que a dupla Hélder Miranda / Hugo Pereira personificavam a única dupla verdadeiramente amadora dos tempos modernos. Este mecânico de profissão de Cabeceiras de Basto juntou patrocínios para alinhar com um Renault Clio R3T e terminou no 35º lugar da geral.