João Barbosa, Filipe Albuquerque e Christian Fittipaldi terminaram na segunda posição a 65ª edição das 12 horas de Sebring, a segunda prova da temporada do IMSA SportsCar Championship.
O Cadillac DPi-V.R nº5 do duo português dominou os acontecimentos na primeira metade da contenda, mas tal como tinha acontecido nas 24 horas de Daytona, foi suplantando na segunda parte da corrida pelo carro igual da Wayne Taylor Racing.
O Cadillac preto assumiu a liderança à oitava hora, quando com uma estratégia diferente permitiu a Alex Lynn ultrapassar Albuquerque. O piloto de Coimbra ainda viria a recuperar a posição ao inglês, mas na hora seguinte voltaria a ser suplantado, desta vez por Jordan Taylor.
13,6 segundos foi a diferença no final do duelo de quase doze horas entre o Cadillac do trio lusófono e o carro vencedor conduzido por Ricky Taylor, Jordan Taylor e Alex Lynn.
O terceiro lugar do pódio foi para mais um Cadillac, o segundo exemplar da Action Express Racing. Dane Cameron, Eric Curran e Mike Conway estiveram na luta pela vitória nas primeiras horas, até Curran cometer um erro ao ultrapassar um concorrente atrasado, entrando em pião e ficando imobilizando na pista. Esta manobra custou três voltas ao Cadillac vermelho.
O Oreca 07 Gibson da Rebellion Racing também esteve na luta pelo primeiro lugar nas primeiras horas, mas um problema de alternador atrasou o protótipo que carrega os logótipos da banda desenhada Michel Vaillant. Os Mazda oficiais também cedo se viram atrasados com problemas e os dois Nissan Onroak DPi abandonaram ainda a corrida não tinha atingido a sexta hora.
Apesar do novo Balanço de Performance, que limitou a performance dos Cadillac, os LMP2 muito raramente conseguiram acompanhar os três carros apoiados pela marca de Detroit. O melhor LMP2 foi o Oreca 07 Gibson da JDC-Miller Motorsports e terminou num distante quarto lugar.
Na classe Prototype Challenge a vitória coube ao Oreca FLM09 Chevrolet da Performance Tech Motorsports, com James French, Pato O’Ward e Kyle Masson a cortaram a linha de meta no quinto lugar.
A GTLM foi disputada quase até ao fim, depois de na segunda metade da corrida os três Ford, o Porsche #911, o Corvette #3 e o Ferrari #62 se terem conservado na mesma volta, ficando todos eles com possibilidades de terminar a prova de doze horas como vencedor.
Cada uma das equipas foi tomando as suas opções estratégicas de acordo com a situação de bandeiras amarelas, mas quando a pouco mais de uma hora do fim um Porsche 911 da classe GTD parou em pista, obrigando à entrada em pista do Safety-Car, as tácticas sofreram um reset, aproveitando todos os pilotos para entrar nas boxes e reabastecer para terminar a corrida.
Patrick Pillet recomeçou a corrida no quinto posto, mas foi ultrapassando sucessivamente James Calado (Ferrari), Richard Westbrook (Ford) e Joey Hand (Ford), colando-se rapidamente ao Corvette de António Garcia.
No entanto, quando se aprestava para atacar o espanhol do carro americano, um furo no pneu dianteiro/esquerdo obrigou-o a rumar às boxes, perdendo qualquer veleidade de se bater pelo triunfo na prova.
Para agravar mais o seu desespero, o francês ao sair das boxes, pisou uma mangueira de reabastecimento, valendo-lhe uma passagem pelas boxes de penalização, o que o colocou para fora da volta do líder.
A partir de então, Garcia passou a controlar o andamento de Hand, que por muito que aumentasse o seu ritmo, via o espanhol do Corvette a responder confortavelmente, acabando por vencer com mais de quatros segundos de vantagem para o Ford GT #66.
Westbrook teve que se defender ao longo de quase uma hora dos ataques de Calado, que pretendia levar o Ferrari da Risi Competizione ao pódio da classe, depois de ter arrancado do décimo posto. Na última volta da corrida o inglês conseguiu desfeitear o piloto da Ford, garantindo degrau mais baixo do pódio.
Patrick Pillet acabou por terminar a prova no sétimo posto da classe, atrás do BMW M6 sobrevivente, que nunca se mostrou capaz de se bater com os seus adversários pelos lugares cimeiros entre os GTLM.
Jeroen Bleekemolen, no Mercedes GT da Riley Motorsports, venceu entre os GTD, depois de uma luta intensa com Alessandro Balzan, no Ferrari 488 da Scuderia Corse, tendo os dois terminado separados por oito segundos.
No terceiro posto da classe ficou o Mercedes AMG GT #75, da SunEnergy1 Racing, que cortou a linha de meta pelas mãos de Tristan Vautier.
