A Toyota conquistou a primeira linha da grelha de partida para as 24 Horas de Le Mans deste ano, mas teve de suar. Os portugueses presentes na Hyperpole estiveram na luta, mas não ganharam.
Os carros japoneses eram os claros favoritos à pole-position para a prova deste ano, mas tanto a Alpine como a Glickenhaus poderiam ser ameaças ao ascendente nipónico, o que acabou por se verificar.
Como é habitual, os tempos surgiram no final da sessão de meia hora, mas foi então que o tráfego foi um factor tanto para Brendon Hartley como para Kamui Kobayahi, que tentavam bater a marca realizada por Nicolas Lapierre.
O neozelandês foi o mais prejudicado, tendo perdido dois segundos para o francês da Alpine no último sector, ao apanhar um Porsche oficial. O mesmo carro atrasou o japonês, mas ainda assim, este conseguiu ascender ao topo da tabela de tempos.
Contudo, seria sol de pouca dura, uma vez que para realizar o seu crono, o nipónico da Toyota cruzou os limites de pista, tendo perdido o seu tempo, o que deixava o Alpine no comando.
Os homens liderados por Pascal Vasselon, tinham a pressão de ter de resolver tudo na sua última volta lançada, o que adensava o suspense.
Nem Hartley nem Kobayashy acusaram a pressão e conseguiram guindar-se à primeira linha, tendo o neozelandês sido o mais rápido, ao deixar Lapierre a 0,442s, ao passo que o japonês conseguiu a primeira linha por apenas 0,022s.
Os Glickenhaus ficaram mais distantes, com Ryan Briscoe a quedar-se a 1,433s do poletime e Olivier Pla a 1,951s.
Entre os homens da LMP2 foi a WRT que levou a melhor, tendo dois carros operados pela equipa belga ocupado os dois melhores lugares.
Robin Frinjs, da WRT, foi o mais forte ao superiorizar-se a Norman Nato, da Realteam by WRT, por uns expressivos 1,3s.
Os portugueses tentaram envolver-se na luta pela pole-position, nas Frinjs esteve numa classe à parte. Filipe Albuquerque assegurou o terceiro crono da classe a quase 1,7s do holandês, o que lhe permitiu bater António Félix da Costa, que perdeu 0,3s para o seu conterrâneo.
Nos GTE Pro a Corvette foi a mais forte, ocupando os dois melhores lugares, apesar de alguma luta por parte da Porsche. No final seria Nick Tandy o mais forte à frente do seu colega de equipa, António Garcia, tendo o inglês sido o único a descer de 3m50s.
Fred Makowiecki foi o melhor dos homens da marca alemã, quedando-se a menos de quatro décimos de segundo do Corvette mais rápido, tendo sido seguido de Laurens Vanthoor.
Os Ferrari não se conseguiram envolver na luta pela pole-position da classe, tendo António Fuoco sido o melhor representante, na quinta posição, mas a quase dois segundos de Tandy. James Calado ficou com o sexto posto a menos de um décimo de segundo do seu colega de equipa.
Já na classe GTE Am foi a marca de Maranello a dominar, com dois carros nas duas primeiras posições.
Vincent Abril colocou o Ferrari da AF Corse na pole-position da classe, seguido de outro 488 GTE Evo da Kessel Racing pilotado por Mikkel Jensen.
Nas posições seguintes ficaram Harry Tincknell, em Porsche, e Nicki Thim, em Aston Martin.
O carro de Henrique Chaves arrancará para a corrida da 19ª posição entre os GTE Am, depois de ontem não ter conseguido passar à Hyperpole.