Esapekka Lappi leva algumas historias curiosas para contar da edição deste ano do Rali da Finlândia, mas ainda assim somou um pódio no final.
O piloto finlandês dizia na manhã de 6ª feira que que não estava preocupado porque sabia onde perdia tempo e sabia como resolver, e resolveu mas de tarde só recuperou 2,4s a Ott Tanak.
No Sábado de manhã falhou um cruzamento, e depois viu a situação inédita de uma pedra que veio da frente do carro contra o pára-brisas, partindo-o, terminado a luta com Tanak e sendo ultrapassado por Rovanpera.
No final do ultimo troço de Sábado, e já a 30 segundos de Tanak, dizia "este foi o pior. Quando o sol está baixo não se vê nada." No Domingo um capotanço no penultimo troço obrigou a fazer a PowerStage sem pára-brisas e com o carro a perder peças. "Isto começou a ser demasiada ação para a minha saúde mental," afirmou na conferência de imprensa final.
Explicou o capotanço numa altura em que não estava a atacar. "Havia, digamos, um espaço na saída da curva que permitia usar mais estrada. Tinha planeado usar, mas na segunda passagem havia muitos sulcos e o carro deslizou até que parou repentinamente nesse sulco e começou a capotar. Foi uma enorme surpresa."
A um troço do final, o lugar que parecia garantido no pódio poderia esfumar-se. "No stop vi óleo da direção assistida e um aviso de pressão de água, nessa altura uma pessoa pensa: 'é, há alguma coisa de errado mesmo.' Naquele momento não sabes se pode reparar."
Mas tudo se resolveu e Lappi, navegado por Janne Ferm, surgiu à partida da PowerStage sem pára-brisas no Yaris Rally1. "Foi uma coisa louca! No dia anterior não estava preparado para conduzir sem pára-brisas porque as condições eram mais duras. Imagina aquela pedra que nos bateu a vir contra a minha cara... Não estaria aqui para contar a história!"
Mas o risco foi calculado. "Foi arriscado mas este troço estava em bom estado por isso assumi o risco. Na verdade tínhamos teto antes do troço, mas saltou fora na primeira aceleração. Quando meti 5ª havia um barulho horrível, e então o resto do teto voou levando todas as antenas e os rádios. Depois havia um fluxo de ar dentro do carro e o Jann teve de se calar porque o ruído era enorme." E no fim o balanço foram 13,1s perdidos para o mais rápido e o 3º lugar garantido.
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