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Opinião: Como (vi)vi ... o Rali Terras d´Aboboreira
Data: 09/09/2019 17:10

Sexta, logo de manhã bem cedo e sábado até ao início da tarde foi tempo de rali!

O Rali Terras d’ Aboboreira prometia ser muito competitivo e até quase ao final da manhã de sábado cumpriu com o prometido. Depois de um Skakedown/QS atribulado, colocando logo três concorrentes (Miguel Correia, António Dias e Pep Bassas) de fora do rali, e impedindo que a maioria das equipas efectuasse uma passagem que fosse no percurso, o resto do dia de sexta acabou por mostrar que os principais favoritos estavam muito próximos e que a luta pela vitória seria muito renhida. No sábado a desistência de Armindo Araújo, quando o piloto estava nitidamente ao ataque à liderança, e de Miguel Barbosa acabou com (quase) toda a emoção do rali na luta pelos lugares do pódio.

Do que me foi permitido ver (já lá chegaremos) o shakedown/QS foi demasiado acidentado e já não tinha uma manhã de rali assim tão agitada há muito tempo. Não sei se pelo percurso escolhido, se por algum excesso dos pilotos, se até pelo tempo de espera para partir (pneus frios…), o shakedown/QS do Aboboreira foi para esquecer (ou lembrar, depende do ponto de vista).

Da prova propriamente dita, do que vi, José Pedro Fontes foi um justo vencedor, com um andamento que visto de fora parece ser essencialmente muito certinho, mas que depois se traduz em muito bons tempos. Bruno Magalhães, transfigurado (o i20!) desde o Vinho Madeira, embora com um andamento um pouco mais agressivo do que o piloto do Citroen, esteve a grande nível, principalmente na sexta-feira onde o troço era novo para todos. João Barros, se não conseguiu lutar pela vitória, esteve claramente mais competitivo do que em provas anteriores e fez uma prova em crescendo, mostrando o quanto é importante estar no activo e fazer muitos quilómetros (a participação em Mesão Frio deve ter sido muito útil). Ou muito me engano ou João Barros, mais ainda se fizer mais provas além das do CPR, poderá vir a ser uma peça importante na decisão do título.

Dos pilotos que ficaram pelo caminho, Miguel Barbosa andou sempre muito perto dos primeiros, e gostei sempre de o ver passar. Pena o despiste, mas isso é coisa que só acontece aos que lá andam! Já Armindo Araújo pareceu-me sempre com um estilo que até não parecia ser o seu: super agressivo, com a traseira do i20 sempre muito (demasiado!?) solta – que lhe causou logo alguns dissabores na QS, remetendo-o para a última posição – e espectacular. No troço em que abandonou, no local onde me encontrava, numa zona de empredado, o piloto de Santo Tirso passou mesmo no limite, mas a fazer um excelente tempo. Não sei se pelo set-up do i20, se por um estilo (que a mim me pareceu) mais agressivo do que o habitual de pilotar, Armindo Araújo foi o piloto espectáculo do rali. Pena que o furo e depois um ligeiro mas determinante despiste tenha posto fim a uma actuação que ficará na memória de quem assistiu ao vivo às suas passagens.

Se o piloto espectáculo foi para mim Armindo Araújo, o habitual “dono” dessa epíteto, Ricardo Teodósio, fez uma prova calma e consentânea com o seu estatuto de não inscrito no CPR. Porém, com a desistência de Armindo Araújo, acabou por sair do “passeio” pela Aboboreira com a candidatura ao título reforçada. Ironias do destino!

Importantíssimo para a competitividade da prova foi a presença da Copa Ibérica Peugeot . Os 208 R2 continuam a ser espectaculares, os pilotos, principalmente os mais rápidos, andam sempre no “grito” e bastava ver a reacção do público (na sua maioria local) para perceber o quanto estes 208 e a Copa Ibérica são importantes para uma prova do CPR, mais ainda quando o CPR2 está este ano algo amorfo. O jovem corunhês Daniel Berdomás venceu mas teve grande luta de Carlos Fernandes, sempre espectacular e pronto a lutar com jovens cheios de sangue na guelra. Boa actuação também de Ricardo Costa Jr. , coroada com um lugar no pódio e excelente andamento do viseense Hugo Lopes, pena foi o despiste que o atrasou.

Com uma prova já algo curta em quilometragem total, o Terras de Aboboreira ficou ainda mais curto com a anulação do troço final do Marão, mas vendo o que se passou na prova, esse troço, que poderia ser decisivo, acabou por não fazer falta, já que a existir, para a maioria das equipas, teria sido um mero cumprir de calendário. Polémica quanto baste no que respeita às outras categorias, principalmente a dos GT, devido ao itinerário (truncado) imposto, onde Vítor Pascoal, inscrito apenas na prova do CNR, e ainda para mais não tendo oposição e a correr em casa, aproveitou para dar espectáculo extra. Os pneus é que terão sofrido!...

Para o fim deixo três críticas! Uma positiva e duas negativas! Começando pela positiva, o CAA esteve muito bem ao colocar pilhas de pneus em várias curvas dos troços, impedindo assim que os pilotos as cortassem, não sujando assim o asfalto para os seguintes e mais importante até, não o estragando, o que mostra o cuidado do CAA em preservar o rali junto das populações locais.

Passando às negativas, a primeira delas vai para o facto de se continuar a “tratar mal” os pilotos estrangeiros que nos visitam, não conseguindo colocar nos documentos oficiais o nome correcto. Infelizmente isso tem sido habitual nas provas do CPR, e mais uma vez aconteceu agora na prova do CAA. Veja-se o caso do vencedor da Copa Ibérica, por todos conhecido por Daniel Berdomás e que aparecia como Daniel Lorenzo (!). Senhores do CAA, em Espanha, o último apelido é o materno, e os pilotos, tal como cá, usam (quase) sempre o apelido paterno. Basta estar com alguma atenção para não cometer este tipo de erros.

Se tenho por hábito acompanhar os ralis na estrada, isto é, nos troços, apreciando as passagens dos vários concorrentes, na prova do CAA isso foi particularmente difícil. Se, como repórter de um OCS, tenho acesso a uma acreditação de imprensa, no Aboboreira levantá-la obrigava a uma deslocação a Baião, quando o centro nevrálgico da prova, pelo menos na sexta-feira, era em Marco de Canaveses. Vários colegas não fizeram essa deslocação e só posso dizer que eles é que estiveram bem! Não sei por ordem de quem, mas vendo a reacção sempre idêntica dos agentes de autoridade, a ordem “veio de cima”, chegar e ver os troços foi sempre muito complicado, com regras estritas de (pseudo)segurança que ultrapassavam claramente o nível de um Rali de Portugal. E todos sabemos como aí as regras são! Como já não tenho idade e disposição para me incomodar, decidi “abandonar” a prova e regressar mais cedo a casa (algo irritado, na altura, confesso).

José Bandeira


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