O ex-piloto e empresário Mario Andretti contrariou a falta de confiança da FOM no seu projecto para ingressar na Fórmula 1, estando a equipa americana a continuar a trabalhar tendo em vista a sua participação na categoria máxima.
A proposta da Andretti de formar a sua equipa para os Grandes Prémios foi recusada no início deste ano, apesar da aprovação da FIA, mas este revés não dissuadiu a organização norte-americana, que prossegue com a intenção de chegar as grelhas de partida.
No início deste mês, abriu novas instalações em Silverstone, que funcionará como centro para sua futura equipa de F1.
O filho de Mario Andretti, Michael, é grande força motriz por detrás de todo o projecto, não tendo ficado agradado com a decisão da FOM. "Fiquei ofendido, na verdade. Acho que não merecíamos, para ser honesto", afirmou à Associated Press, acrescentando: "é um grande investimento na competição, e pensava que isso seria valorizado. Até o valor do campeonato é mais elevado com onze equipas do que com dez, por isso não sei. Digam-nos o que está realmente errado".
A Andretti e a FOM deverão regressar às negociações em Miami, no próximo mês, onde Mario Andretti pretende esclarecer quaisquer equívocos sobre a sua proposta.
"Só tivemos uma reunião com eles", disse sem se deter: "isto é um problema. Não foi o suficiente. Penso que é por isso que me congratulo com a nossa próxima reunião. Vamos sentar-nos. Houve algumas oportunidades perdidas ao longo do caminho, mas temos de olhar para a frente, não para trás. Continuo esperançoso porque nunca parámos de trabalhar. Ficou claro que o nosso trabalho está a bom ritmo e, como podem ver, não estamos apenas a falar. Estamos a juntar tijolo e cimento. Mostrámos isto com a base da equipa em Silverstone"
A Andretti tem o apoio da General Motors, com o gigante americano a inscrever-se para se tornar construtor de unidades de potência a partir de 2028. ”Estamos a tentar dizer: 'faremos o que nos pedirem. Faremos o que for preciso. Agora, se pensam em alguma coisa, digam-nos", apontou o Campeão do Mundo de Piloto de Fórmula 1 de 1978, acrescentando: "mas ainda não nos disseram nada, excepto algumas desculpas como: 'oh, não queremos que venham, não queremos que se envergonhem’. Mas não nos queremos envergonhar, e o facto é que a General Motors deixou bastante claro que está entusiasmada com este projecto. Tem um compromisso de longo prazo, não sei o que mais podemos fazer".
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