A RMC motorsport aproveitou a sua presença no Rali de Castelo Branco onde deu assistência ao Hyundai i20 de Armindo Araújo para trazer o seu mais recente exemplar da categoria N5, no caso um Peugeot 208. O objectivo é conseguir por de pé uma Copa N5 no CPR 2019.

Resolvidos que estão a maioria dos problemas com as homologações (faltam as ‘famosas’ mangas de eixo que apenas serão homologadas em 2019) dos N5 made by RMC, a equipa de Caboalles de Abajo, Leon, prepara-se para reactivar ainda este ano a Copa N5 em Espanha e procura estender o seu raio de acção a mais países, nomeadamente a Bélgica e agora Portugal.

Do que fomos falando com responsáveis pela equipa, quanto à Copa N5 em Espanha, o calendário ainda não está fechado havendo que ouvir os patrocinadores e fornecedores, entre eles a Michelin, mas também os potenciais participantes, mas o mais provável será que a mesma se inicie em asfalto no Rali Princesa de Astúrias, de 14 a 16 de Setembro, prosseguindo depois com mais algumas das provas do CERA e do CERT, agendadas a partir de Setembro.

Quanto à Bélgica, já lá correu um Renault Clio N5 da RMC, embora como carro 0, devido à questão da homologação, e a equipa de Roberto Mendez apresentou o projecto à federação belga, aguardando agora os desenvolvimentos. No caso de Portugal, onde os N5 não são completamente desconhecidos, pois Miguel Nunes já correu com um [Ford Fiesta] na Madeira e João Fernando Ramos também o fez, com um modelo idêntico, no Rali da Catalunha 2017, assim como Roberto Mendez já correu num passado Rali de Famalicão com um Peugeot 208, a ideia da RMC será lançar uma Copa N5 integrada no CPR, logo também com ralis de terra e ralis de asfalto. Para isso garante essa Copa por um período de 3 anos [2019, 2020, 2021] e um interessante conjunto de prémios no valor total de 120.000 euros.

O exemplar que a RMC trouxe a Castelo Branco é o chassis nº 22, o último a ser produzido, no caso um Peugeot 208 e, pronto a correr, neste caso em asfalto, mas sem qualquer material suplementar, tem um custo de 130.000 euros. Caso o comprador deseje um segundo kit, nomeadamente o de terra, ele tem um custo de 10.000 euros. Caso um piloto adquira um exemplar como uma carroçaria [Kit de fibra de alguns modelos fabricado na Polónia pela Dykto Sport] de um determinado modelo e por qualquer motivo, nomeadamente relacionado com patrocínios, deseje mudar de modelo, pode muito bem fazê-lo, bastando para tal encomendar a carroçaria pretendida, algo que terá um custo de 12.000 euros.

Até ao momento a RMC, e tal como referimos acima, já construiu 22 N5, com carroçarias diversas, nomeadamente, Peugeot 208, Ford Fiesta, Renault Clio, Peugeot 308 [o único modelo do segmento C, até ao momento], Citroen DS3, VW Polo, estando agora a ultimar um novo chassis que terá uma carroçaria inédita, o Kia Rio, prevendo para o final do ano disponibilizar também o Citroen C3. Mas como na RMC nos disseram, é perfeitamente possível ter outros modelos, tendo-nos sido dado como exemplo o novo Nissan Micra. Além da RMC, em Espanha, também a AR Vidal vem produzindo viaturas N5, tendo no seu portefólio os Suzuki Swift [oficiais e agora também um exemplar para um privado] mas também já um VW Polo.

Ainda segundo os responsáveis da RMC, o Peugeot 208 N5 presente em Castelo Branco já foi devidamente apresentado à FPAK, nomeadamente ao seu presidente Ni Amorim, tendo sido apresentados todos os trâmites necessários para a efectivação da Copa N5 no CPR 2019. Lembremos que estes N5, até ao momento, apenas podem correr em Portugal no Grupo X, logo, não no CPR, podendo isso ser ultrapassado com uma homologação nacional ou então com uma mudança regulamentar, admitindo VSH nas provas do CPR [algo que esteve em cima da mesa já para esta época, mas que depois foi posto de lado com a ‘ressurreição’ da Taça FPAK].

Mas como nos disseram na RMC, a homologação dos N5 é algo bem proveitoso para as federações, já que, a ser como em Espanha, a homologação é feita chassis a chassis, junto da RFEdA, tendo um custo unitário de cerca de 4.000 euros. Ficamos pois a aguardar os desenvolvimentos desta arrojada proposta da RMC junto da FPAK [que tem agora e sempre a “faca e o queijo na mão”] para a introdução em Portugal de uma nova categoria de viaturas de rali, com performances um pouco abaixo dos R5 mas com um custo que ronda os 50% destes