KIMI RAIKKONEN – McLAREN MERCEDES: 1º LUGAR
“Penso que esta foi uma das minhas melhores corridas de sempre, tive muito trabalho e muito prazer. Considerando todos os problemas que sentimos, alcançar a vitória é fantástico. Aconteceu muita coisa na primeira volta e eu e o Juan Pablo (Montoya) envolvemo-nos num toque, o que é inevitável quando se arranca tão de trás. Ataquei o máximo possível e o carro ficou cada vez melhor. A sétima velocidade era um pouco curta, o que significou que o limitador de rotações actuasse ocasionalmente, colocando-me algumas dificuldades nas ultrapassagens. Eu sabia que o Webber e o Button tinham que reabastecer antes de mim e, depois da minha segunda paragem, tinha ganho ao Fisichella terreno suficiente para tentar alcançar a vitória e foi o que fiz. Passei-o na primeira curva da última volta e foi uma daquelas oportunidades que têm que ser aproveitadas. O resultado de hoje significa que tenho a melhor posição possível para a Qualificação do Grande Prémio da China, mas como ficou demonstrado este fim-de-semana não é uma garantia. Estou ansioso pela corrida de Xangai, onde tudo faremos para garantir a vitória no Campeonato de Construtores.”

GIANCARLO FISICHELLA – RENAULT: 2º LUGAR
“Foi uma corrida dura. Realizei um bom arranque, mas a entrada do Safety Car prejudicou-me, dado que manteve o pelotão muito junto ao longo dos momentos iniciais da corrida e não pude ganhar uma boa vantagem para os carros rápidos que estavam na cauda do pelotão. Ainda assim, a estratégia de corrida correu bem e colocou-me à frente do Ralf (Schumacher) e do Jenson (Button) e, depois disso, concentrei-me em realizar a minha corrida e em tentar rodar em bons tempos consistentemente. A equipa disse-me que o Kimi (Raikkonen) estava perto de mim após a sua última paragem e ele apanhou-me rapidamente – especialmente quando apanhei um piloto atrasado na entrada da 130R, o que me custou muito tempo. Ele estava muito rápido na fase final da volta e eu fiz o máximo que podia para o manter atras de mim, mas ele ficou na melhor trajectória para a primeira curva e não havia nada a fazer. Estou desapontado, é claro, mas este é, ainda assim, um bom resultado para a equipa.”

FERNANDO ALONSO – REANULT: 3º LUGAR
“É estranho, mas estou um pouco desapontado com o terceiro lugar: o carro esteve fantástico e cheguei a pensar que poderíamos estar pela primeira vez, desde o início da temporada, ao mesmo nível da McLaren. Portanto, depois de termos arrancado à frente deles e de ter tido a oportunidade de os bater, hoje as coisas não correram bem para nós. Houve ainda um incidente estranho com o Klien, quando eu estava sete segundos à frente dele foi-me dito para o deixar passar, o que me surpreendeu um pouco. Além disso, com a estratégia empregue nesta corrida parecia que acabava sempre na traseira dos carros mais lentos. Mas, pela primeira vez em Suzuka, tive um carro que me permitia ultrapassar e houve alguns momentos especiais – especialmente com o Schumacher e com o Webber. Penso que até agora realizei duas ou três ultrapassagens ao longo da temporada, mas nesta corrida devem ter sido umas catorze, mas eu podia arriscar, dado que não havia nada a perder. Foi bom ter alcançado o meu décimo quarto pódio da temporada e quero o décimo quinto na China.”

MARK WEBBER – WILLIAMS BMW: 4º LUGAR
“Esta foi uma boa corrida para nós, mas, mesmo assim, não estou inteiramente satisfeito com a minha posição, porque este não é o resultado que pretendíamos. Bastante positivo foi o trabalho realizado pela equipa durante os reabastecimentos, quando passei o Coulthard e o Button, mas nas últimas voltas não consegui defender-me do Alonso. O carro melhorou bastante, graças ao departamento do design aerodinâmico e a BMW deu-nos um motor mais potente, mas não tínhamos como competir nas rectas.”

JENSON BUTTON – BAR HONDA: 5º LUGAR
“Estou obviamente muito desapontado com este quinto lugar, depois de ter arrancado do segundo lugar da grelha de partida. Perdi um lugar no arranque, mas nos momentos iniciais da corrida pude manter o ritmo do Fisichella. Na minha primeira paragem o tampão do bocal do depósito de gasolina não se abriu, o que obrigou os mecânicos a faze-lo manualmente, alongando os meus reabastecimentos em cerca de seis segundos. Depois tive algumas dificuldades com o meu ritmo e mais tarde perdi mais uma posição no meu segundo Pit-stop. É frustrante, dado o lugar de onde arranquei, temos que melhorar na China.”

DAVID COULTHARD – RED BULL RACING COSWORTH: 6º LUGAR
“Do ponto de vista da equipa, temos que estar satisfeitos, dado que haviam algumas equipas fortes em pista. Tive uma boa batalha com o Jenson (Button) na Curva 1 e o nosso ritmo era competitivo no início da corrida. Só depois do primeiro reabastecimento que tive algumas dificuldades. Tivemos que colocar bastante gasolina no carro, o que não foi bom para o equilíbrio do carro, contudo, foi melhorando, à medida que a gasolina foi queimando. Aconteceu com alguma frequência ao longo deste ano – colocamos gasolina no carro e perdemos alguma performance, relativamente aos outros carros. Estivemos ao nível dos Williams ao longo de todo o fim-de-semana e eles acabaram na quarta posição, portanto, apesar de estar agradecido pelos pontos, esperava um pouco mais.”

MICHAEL SCHUMACHER – FERRARI: 7º LUGAR
“A única coisa boa do dia de hoje é que garantimos a terceira posição no Campeonato de Construtores. Tendo em conta a época difícil que tivemos, a performance do nosso conjunto, este não é um mau resultado. Dos dez anos em que estive na Ferrari, esta foi a pior temporada. No que se refere à corrida, tenho pena que, tal como aconteceu no Brasil, não tenha conseguido manter o ritmo dos Renault. É bom ter uma luta em pista mas seria melhor se estivesse mais competitivo. Na minha segunda paragem, tivemos que fazer uns ajustes no carro, o que me fez perder tempo e uma posição. Ir para Xangai com dois pontos de vantagem sobre o Montoya é um resultado inesperado.”

RALF SCHUMACHER – TOYOTA: 8º LUGAR
“Este foi um fim duro para um fim-de-semana que prometia muito. Realizei um bom arranque e afastei-me dos meus perseguidores, mas o Safety Car entrou em pista, o que foi negativo para a nossa estratégia de três paragens. Ao ficar em pista tantas voltas colocou um ponto final nas nossas possibilidades. Ainda assim, demos o nosso melhor para podermos alcançar o melhor resultado possível. Infelizmente, na segunda parte da corrida tive muitas vibrações, obrigando-me a reduzir o meu andamento: Sem o Safety Car a nossa estratégia poderia colocar-nos entre a terceira e a quinta posições, mas penso que um ponto é melhor que nada. Esperamos fazer melhor na próxima vez.”