A revolução regulamentar a implementar no Mundial de ralis quer acabar com os Rally2 como os conhecemos, isso já havíamos noticiado por aqui em Março. A razão, é que estes carros de estrada irão extinguir-se.
A proposta é que os Rally2 tenham uma filosofia de construção parecida com a dos Rally1. A FIA quer criar uma chassis e célula de cockpit e definir um fornecedor das ferramentas para serem utilizadas na construção, de tal forma que possam ser montados por qualquer equipa. O passo seguinte será montar a carroçaria de um qualquer construtor. Os atuais Rally2 derivam dos carros de estrada.
Uma certeza é que os carros propostos serão mais largos o que "além de incrementar a segurança também será mais relevante para os carros que os construtores estão a lançar," já que os automóveis estão cada vez maiores e mais largos.
Numa entrevista à revista Racecar Engineering David Richards explicou que esta não era a ideia inicial. Queriam aproximar Rally1 e Rally2 mas "basear o regulamento dos Rally1 em carros de estrada não era viável, ou pelo menos se fosse seria muito caro."
Mas durante o processo de estudo de pesquisa e conversa com os construtores "percebemos que os atuais modelos a competir em Rally2 estão a chegar ao final do seu ciclo de vida, e naquele segmento de mercado não haverá carros novos com motores de combustão." Uma ideia que não estará totalmente correta, já que a Lancia está a ponderar regressar aos ralis com o Ypsilon, um carro do segmento referido por Richards.
E desta forma a filosofia de construção dos Rally1 e Rally2 irá fundir-se, com a FIA a ter intenção de nomear fornecedores de caixas e transmissões que as vendam a um valor estipulado e motores vindos dos construtores mas "iguais aos rally2."
Segundo Richards,
Portanto o futuro mostra-nos que os futuros Rally1 e Rally2 serão uma espécie de carro único em que só muda a carroçaria e o motor, um formato que tem -nos dado competições de sucesso, mas apenas nas pistas.
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