Quando chegou à Aston Martin, Fernando Alonso disse que a Fórmula 1 era a sua única prioridade.
Agora, o piloto de Oviedo não fecha a porta à possibilidade de conduzir o novo Valkyrie LMH, caso se mantenha ao serviço da marca britânica de automóveis.
O Valkyrie foi inicialmente concebido para competir em corridas de resistência, mas a entrada da Aston Martin na Fórmula 1 tornou-o inviável. Com a chegada de um investidor americano, a Aston Martin tirou o pó à ideia e Lawrence Stroll deu o "OK" na época passada para o assalto ao Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) de 2025.
A equipa Heart Of Racing já está a trabalhar há meses no hipercarro Valkyrie que irá competir no próximo ano com o resto dos grandes fabricantes de supercarros no Campeonato do Mundo. Assim, se Alonso finalmente decidir continuar a correr pela Aston Martin (embora tenha muitas opções em aberto, incluindo... a Red Bull), é possível que corra com o mesmo carro em Le Mans: "Porque não? Conduzir aquele carro em casa e na pista... seria bom", admitiu o mais recente proprietário de um Valkyrie.
Quando o Valkyrie chegar ao WEC tornar-se-á imediatamente um carro único, uma vez que será o primeiro LMH a ser derivado de um modelo de estrada (algo que está nos regulamentos, mas que nenhum fabricante tentou). Como tal, está isento de um grupo motopropulsor híbrido, pelo que manterá o espetacular V12 de aspiração natural do modelo de estrada, com origem Cosworth.
É claro que terá de se adaptar aos regulamentos técnicos do WEC, o que o obrigará a reduzir drasticamente o seu desempenho, tanto em termos de motor (terá de baixar de 1.155 cv para 670 cv) como de aerodinâmica (também limitada nos Hypercars). Mas não ter de lidar com a complexidade técnica da hibridização permitirá à Aston Martin reduzir o processo de desenvolvimento e apontar para vitórias em breve. E ainda mais com Alonso...
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