O 5º lugar de Gus Greensmith no Vodafone Rali de Portugal foi uma surpresa, não apenas a posição mas também a prestação ao longo de toda a prova.
Sem o furo e os problemas no acelerador, o britânico de 24 anos poderia ter levado o Ford Fiesta WRC ao 4º lugar final, o que há uns meses atrás seria visto como um sonho.
Ponto de honra é que Greensmith sempre gostou muito de Portugal e do nosso rali. Mas assegura que "a diferença não foi onde estava a correr."
A diferença é que no banco do lado direito Elliott Edmondson foi trocado por Chris Patterson a partir do Rali da Croácia, e a chegada do veterano de 52 anos fez-se notar. Logo após a prova croata a M-Sport notou melhorias a diversos níveis em Greensmith.
O resultado em Portugal deveu-se "a diversos factores, mas é óbvio que um deles foi a introdução do Chris no carro," revelou o piloto numa entrevista ao Dirtfish.com.
Greensmith teve uma carreira em ascenção, mas quando chegou ao World Rally Car pareceu estagnar e até regredir. Parecia o exemplo do piloto bom mas que quando chega ao topo não consegue manter o nível evidenciado até então.
"Ele claramente está a desbloquear algo dentro de mim e isso é bom," assegurou o piloto, adiantando que foi para evoluir "que o quisemos no carro," mas assumiu "não esperava evoluir tão depressa."
Esta mudança de Greensmith revela-se até na forma como lida com a equipa e o carro, ele que sempre olhou muito para os onboards até dos outros pilotos. "Eu disse aos meus engenheiros: 'é assim que quero o carro', e então tive que ter um pouco de controlo sobre as afinações do carro para o rali, e isso sinto que foi o passo certo. Estamos agora mais próximos de onde queremos do que no início do ano" concluiu.
Depois do resultado de Portugal e da injeção de confiante, a presença na Sardenha daqui a uma semana é encarada com bastante optimismo.
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