David Richards e Andrew Wheatley explicaram os princípios por detrás do caderno de recomendações que o grupo do trabalho do WRC elaborou para o futuro do campeonato e para o abandono das unidades híbridas.
Richards, um nome bem conhecido dos ralis que está ao leme da Prodrive e que já teve a promoção do WRC os tempos da ISC, foi convidado por Mohammed Ben Sulayem a liderar o grupo de trabalho para colocar a sua "expertise" ao serviço do futuro dos ralis.
"Robert Reid e eu levantamos o braço e voluntariamo-nos para tentar escrever um relatório com algumas recomendações," começou por afirmar Richards à revista Racecar Engineering.
"Olhamos para todo o tipo de coisas, foi um olhar sobre todo o processo. Não questionamos apenas se os híbridos eram necessários, ou o que vamos fazer com os Rally2. Questionamos, o que é importante para o Campeonato do Mundo de Ralis? Quais são os aspetos chave disso que precisamos de proteger e assegurar? Quais as necessidades de marketing e promoção que não estamos a assegurar hoje em dia?" explicou.
As questões técnicas têm sido as que mais discussão têm provocado, e "nesse campo questionamos, para onde vão os construtores? Quais os seus requisitos? Como encorajá-los a um maior envolvimento no topo dos ralis?"
A questão da proposta de acabar com as unidades híbridas foi a que mais impacto causou pela positiva e pela negativa. O grupo foi-se reunindo desde Dezembro com os envolvidos no campeonato, não apenas os construtores, e "devo dizer que nem todas as decisões foram unânimes, mas foi houve uma maioria a favor de que os híbridos dessem um passo atrás. A complexidade do sistema, o custo e a barreira da participação dos níveis inferiores foram questões significativas," acrescentou Richards.
E Andrew Wheatley fez questão de realçar ser "justo dizer que cada construtor tem uma diferente razão para gostar ou não dos híbridos. Mas, para o bem do desporto, isto foi considerado um passo em frente"
Na mesma altura que saía esta entrevista os construtores enviavam uma carta à FIA a pedir que as unidades híbridas dos Rally1 sejam mantidas em 2025 e 2026.
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