A RML (Ray Mallock Limited) já foi uma da mais poderosas equipas britânicas fora do universo da Fórmula 1. A equipa pode ser hoje muito menos falada que no passado, mas continua bastante ativa no desporto e o seu gestor, Michael Mallock, filho de Ray Mallock, não esconde que gostava muito de regressar às 24 Horas de Le Mans.

A ex-equipa de fábrica da Nissan e da Vauxhall no BTCC, da Chevrolet no mundial de Turismos (WTCC) e da Aston Martin no Grupo C, foi responsável pelo motor do inovador Nissan ZOED RC em 2014. Hoje, a RML trabalha com a Lotus no desenvolvimento do novo Emira GT4. A RML assumiu também a responsabilidade pelo serviço ao cliente.

"A GT4 é um grande mercado e é algo que conheço bem dos anos em que corri com a Aston Martin na Taça Europeia de GT4 e depois com a KTM no British GT", disse Michael Mallock, em entrevista à revista mensal inglesa MotorSport. "São boas corridas, os carros são competitivos e está a evoluir muito."

Com o pai Ray Mallock entretido em provas de clássicos, o filho Michael gere a empresa que está envolvida em várias atividades ligadas à indústria automóvel, mas também à indústria militar. Porém, um regresso às 24 Horas de Le Mans é algo que o RML Group não fecha as portas se aparecer um construtor com recursos.

"Adoraria que voltássemos a Le Mans", admitiu Michael Mallock. "Mas isso tem de ser feito corretamente. Tivemos muitas oportunidades nos últimos anos para fazer programas de corrida. Mas não vou diluir a marca, ela tem de ser capaz de vencer. Se um fabricante nos abordasse para voltar a Le Mans com um hipercarro, por exemplo, seria excelente. Se isso acontecesse, o meu pai poderia ficar orgulhoso de mim, e não apenas do negócio!"