As equipas nas 24 Horas de Le Mans vão poder pré-aquecer os pneus, numa excepção pontual a uma proibição que foi introduzida no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) este ano.

Os fornos de aquecimento de pneus alimentados por geradores foram proibidos no início da época por motivos de sustentabilidade, mas a medida suscitou críticas por parte de alguns concorrentes, em especial após as 6 Horas de Spa-Francorchamps, em que vários carros tiveram momentos de descontrolo com a borracha fria.

Na quinta-feira, a ACO anunciou que os aquecedores de pneus, concebidos para dar mais aderência aos pneus desde o início da corrida, voltarão a ser utilizados em Le Mans após uma "avaliação aprofundada" dos dados, juntamente com os fornecedores oficiais de pneus, a Michelin e a Goodyear.

A Michelin fornece pneus a todos os carros das classes Hypercar e GTE-Am, enquanto a Goodyear trabalha com as equipas LMP2.

Uma declaração da ACO afirma que a medida permitirá aos pilotos "de todos os níveis de experiência" competir "no ambiente mais seguro possível" na prova de 24 horas do próximo mês, onde as temperaturas da pista podem variar muito entre o dia e a noite.

"Os fabricantes de pneus, equipas e pilotos ganharão um tempo valioso para desenvolver uma melhor compreensão de como trazer pneus frios à temperatura antes do restante da temporada 2023 do FIA WEC", acrescentou o comunicado.

"O retorno dos aquecedores de pneus será aplicado às três classes do FIA WEC para fins de consistência e equidade. Além disso, os fornos de aquecimento de pneus serão alimentados por combustível 100% sustentável do fornecedor exclusivo do FIA WEC, TotalEnergies", pode ainda se ler.

O abandono do aquecimento de pneus foi originalmente introduzido como parte de um roteiro de pneus do WEC a longo prazo, desenvolvido em consulta com os fabricantes de pneus, e tem estado a ser trabalhado nos últimos dois anos.

Contudo, devido aos riscos elevados de deixar ir os carros para a pista com os pneus frios, construtores e equipas privadas já transmitiram aos organizadores que esta medida faz pouquíssimo sentido.