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Entrevista: António Costa confessa que não gosta de navegar pilotos lentos
Data: 23/03/2024 09:00

António Costa, nas duas últimas épocas afastado do CPR, regressou este ano e de forma notória, ao sentar-se no banco do lado direito de dois pilotos, Rúben Rodrigues e Pedro Almeida, que estiveram em foco nos primeiros ralis do ano, mesmo tendo recorrido aos serviços daquele navegador por impossibilidade dos seus habituais co-pilotos.

Aquele que é um dos mais consagrados e premiados navegadores de ralis nacionais tinha feito uma pausa, mas em 2024 estará de novo a trabalhar a tempo inteiro no desporto automóvel e particularmente nos ralis.

Em jeito de olhar para trás na sua longa carreira, António Costa, o navegador que preferia ser piloto toda a vida, mas nunca conseguiu reunir recursos para desfrutar de “viva própria” aos comandos de um carro de ralis, faz várias confissões. Que navegar gentleman drivers, ou pilotos com pouca velocidade, não lhe dá prazer, daí nunca ter aceite fazer uma carreira internacional. E o co-piloto amarantino revela ainda o motivo que levou Ricardo Moura, em 2014, a perder o Rali Cidade de Guimarães por 3 décimos de segundo… depois de aceso despique com Pedro Meireles.


– Sem projetos de calendário completo no CPR nas duas últimas épocas, começou 2024 ao lado de pilotos como Rúben Rodrigues e Pedro Almeida, que estiveram em destaque, tanto em Fafe como no Algarve. Deu-lhes muito “gás”…

“Não foi uma questão só de ‘gás’, mas de método de trabalho. Estive um pouco mais afastado nestes dois últimos anos por opção, porque tinha um negócio em paralelo e quis concentrar-me nele. Depois de mais de 20 anos de ralis quis, também, fazer um bocadinho de pausa, até para repensar o futuro e, simultaneamente, ganhar um pouco mais de vontade… No final de 2021 já senti pouca vontade de estar numa atividade desportiva de que gosto muito: ralis.

Já venho a trabalhar com o Rúben e a sua equipa desde há um ano no Campeonato de Ralis dos Açores, trato de toda a parte desportiva da equipa, dos reconhecimentos aos testes, no fundo toda a abordagem a cada rali. Em relação ao Pedro, foi a impossibilidade do Mário que me juntou a ele. Eu estava próximo da ARC e eles lembraram-se de mim para colmatar aquela ausência. Nestes dois casos, os pilotos aproveitaram não só o meu método de trabalho como o da ARC Sport.”



– Em que se distinguem o Rúben e o Pedro?

“São dois bons pilotos, o Rúben, se calhar, é um pouco mais atrevido e o Pedro mais cerebral, mas cada um à sua maneira não deixam ambos de ser rápidos.”


– Em 23 anos de carreira, o único piloto estrangeiro que navegou foi o brasileiro Daniel Oliveira, num Rali das Canárias. Porquê? Nunca aspirou a competir no estrangeiro?

“Não, nunca ambicionei correr a nível internacional só por correr... Recebi vários convites, inclusive para o Campeonato do Médio Oriente, só que de pilotos com pouca velocidade e isso nunca me deu prazer, como foi o caso do Daniel Oliveira. Fiz um rali com ele, na esperança de ser uma experiência que me desse prazer, mas realmente ele também não era um piloto muito rápido e nisso eu sou muito honesto e pragmático.

Nunca surgiu nenhum convite do estrangeiro para andar rápido. Tive outros, mas nunca aceitei. Prefiro andar depressa em Portugal, dentro das nossas limitações, e temos muitas, como é óbvio, mas prefiro discutir alguma coisa e estar envolvido em alguma luta do que ir por ir. Ir por ir, nunca. Lembro-me, no final do Rali de Fafe de 2015, de receber um convite para competir no Médio Oriente, mas quando percebi qual era o tipo de abordagem que o piloto tinha, a conversa ficou logo por ali”.



– Se pudesse moldar um piloto, entre todos aqueles que navegou, o modelo, a nível de rapidez, consistência e serenidade, seria um misto de quem?

“O piloto com quem já disputei mais ralis e obtive maior número de vitórias, incluindo campeonatos, foi o Ricardo Moura. No geral, tem todas as capacidades e é o piloto, de todos com quem andei, com mais qualidades para algum dia fazer mais alguma coisa, aqui em Portugal ou mesmo lá fora”.


– Qual é a sensação quando se perde no último troço um rali do CPR, como sucedeu no ano de 2014, em Guimarães, por 3 décimos de segundo? Na altura a dupla Pedro Meireles/Mário Castro derrotou a dupla Ricardo Moura/António Costa no duelo dos Skoda Fabia S2000…

“Foi frustrante, mas eu e o Ricardo sabemos o porquê dessa derrota, mas nunca a comentámos… Houve ali um pequeno problema que tivemos dentro do carro, não com nenhum de nós. Devíamos ter feito uma coisa para a qual fomos aconselhamos e depois não fizemos na altura e perdemos o rali por isso mesmo”.


– O que é que não fizeram que deveriam ter feito dentro do Skoda Fabia S2000?

“O troço começava muito a subir, estávamos num final de tarde, era muito claro e depois entrava-se na Penha, que era uma zona mais fechada, com árvores. E estava combinado que se fosse preciso ligar as luzes o faríamos, só que o Ricardo foi andando, achou que estava a ver bem, mas não. Eu pensei que ele estava a ver bem e ele, entusiasmado, nunca mais se lembrou das luzes dentro do troço. Perdemos o troço e o rali por essa razão, porque ele vinha a ver mal, enfim, foi frustrante, mas são situações que sucedem nos ralis”.


– Que rali ainda lhe falta disputar e faz parte dos seus projetos futuros, se é que já não está a pensar na reforma?

“Não, ainda não penso na reforma! Gostava de competir mais alguns anos e adorava disputar dois ralis que são apaixonantes: Finlândia e Monte Carlo. Contudo, sei perfeitamente que não há, neste momento, ninguém em Portugal com projetos para um programa dessa envergadura. Se fosse um piloto estrangeiro teria que ser um gentleman driver e isso eu não gosto. Portanto, é uma hipótese que não se coloca. Mas há uma coisa que me falta e gostava de concretizar: fazer o Rali Vinho da Madeira com um piloto rápido. É uma mágoa que tenho, porque esse é o único rali em Portugal em que nunca consegui discutir a vitória”.


– Se pudesse, teria sido piloto toda a vida, em vez de navegador?

“Sim, sem dúvida que teria sido piloto toda a vida. Gosto de guiar em competição, só não o faço porque não consigo montar nenhum projeto a tempo inteiro nem pouco mais ou menos. Tentei várias vezes, até que nos últimos tempos desisti mesmo da ideia, por perceber que me é de todo impossível. Mantive-me mais tempo a fazer ralis ao lado, como navegador, para tentar uma oportunidade e para estar envolvido nos ralis na esperança de que um dia pudesse chegar a oportunidade e eu já ter experiência".

A.I.


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