A Mercedes está a sentir a pressão que a Ferrari está a exercer sobre si e já teve que dar ordens de equipa para tentar vencer a corrida de ontem, acabando ainda assim derrotada.

A equipa que venceu todos os títulos da era turbohíbrida tem sofrido este ano uma forte oposição da parte da Scuderia, tendo em três provas perdido duas para a formação de Maranello, o que garante aos italianos a liderança em ambos os campeonatos.

No Grande Prémio do Bahrein, apesar de ter assegurado a primeira linha na qualificação, acabou suplantada pelo Ferrari de Sebastian Vettel e para tentar vencer a corrida foi obrigada determinar que Valtteri Bottas, que tinha garantindo a pole-position mas estava sem ritmo para acompanhar o alemão, deixasse passar Lewis Hamilton, que muito embora tenha passado por algumas contrariedades ainda se aproximou o do tetracampeão do mundo.

Após a corrida, Toto Wolff admitiu que tinha dado ordens de equipa, apesar de não ser essa a filosofia da Mercedes, e que a pressão da Ferrari a isso obriga. “Não gostamos disso. Não foi isso que fizemos nos últimos anos, mas a situação é agora diferente, portanto, temos que analisá-la apropriadamente, verificar o que significa e onde estamos”, afirmou o chefe de equipa dos Flechas de Prata.

O austríaco garante que a única forma que a Mercedes tinha ainda de tentar vencer a corrida passava por uma troca entre os seus pilotos, obrigando a que Bottas cedesse a sua posição a Hamilton. “Gostaríamos de dar igualdade de oportunidades no início da corrida, penso que lhes devemos isso. Depois veem o que fizemos na corrida, tomámos a decisão, tomámo-la duas vezes, dado que sentimos que era a única possibilidade que tínhamos de vencer a corrida”, concluiu Wolff.