A Fórmula 1 confirmou que estendeu o seu contrato com o Grande Prémio da China que irá manter o campeonato na rota de Xangai até 2025. Isto, apesar de ser ainda uma incógnita quando é que o "Grande Circo" vai ter autorização para regressar ao país da Grande Muralha.
Numa altura em que ainda não existe uma data para a reabertura de fronteiras no país, o anúncio do prolongamento do contrato foi realizado esta manhã na China International Import Expo, em Xangai.
“Esta é uma resposta positiva à implementação de Xangai de uma abertura de alto nível para todo o mundo neste novo período”, disse Guo Jianfei, presidente da Shanghai Jiushi (Group) Co., a empresa estatal que gere os activos da cidade de Xangai. “Isto mostra que permanecemos tranquilos em face da adversidade, abraçamos activamente a forte confiança do desenvolvimento no futuro e tomamos medidas práticas para retribuir ao mercado e as ardentes expectativas dos fãs.”
A Fórmula 1 fez a sua estreia na República Popular da China em 2004, com Rubens Barrichello a triunfar esta primeira corrida ao serviço da Ferrari. A última visita da Fórmula 1 ao gigante asiático aconteceu em 2019 (na foto), quando a disciplina celebrou a sua 1000ª corrida.
O Grande Prémio da China foi o primeiro evento do mundial de Fórmula 1 a ser cancelado quando espoletou a pandemia. A edição deste ano também não se realizou e no próximo ano o país continuará fora do calendário por vontade própria.
O maior mercado automóvel mundial é do natural interesse da Fórmula 1, que pretende regressar o mais depressa possível. Contudo, há sérias dúvidas se a República Popular da China estará assim tão empenhada em receber novamente a categoria rainha do automobilismo.
Os últimos anos da Fórmula 1 têm sido marcados por várias acções de activismo político-social, com os principais protagonistas, os pilotos, a expressarem as suas opiniões em temas que se imiscuem com política do país que visitam. Ao contrário da Hungria, ou até mesmo da Arábia Saudita, a República Popular da China, que tem vários assuntos sensíveis no país, não tolera, nem tolerará, qualquer tipo de activismo na sua casa.
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