O Campeonato Mundial de Fórmula 1 deste ano aproxima-se rapidamente do seu término e a luta pelos títulos está cada vez mais acirrada que nunca, prevendo-se uma recta final da temporada extremamente animada. No próximo fim-de-semana será disputado o Grande Prémio da China, o primeiro dos derradeiros combates entre Fernando Alonso e Michael Schumacher, e entre a Renault e a Ferrari.
Os dois pilotos que têm vindo a dominar a presente época chegam à antepenúltima corrida separados por dois pontos, lançando-se num duelo apaixonante - o rei em fim de reinado contra o principal pretendente ao trono - apresentando algumas semelhanças com outras batalhas protagonizadas no passado por outros pilotos.
A guerra de palavras já começou e, nos últimos dias, tanto a Renault como Fernando Alonso têm lançado alguns ataques verbais a Michael Schumacher, enquanto que este tem optado por uma estratégia mais reservada no que diz respeito à sua postura fora da pista. Fica por saber qual é a melhor estratégia.
Pat Symonds sublinhou o facto do germânico ser propenso a cometer erros sob pressão ¿ coisa que aconteceu algumas vezes no passado ¿ e, na verdade, no circuito de Xangai o piloto da Ferrari nunca foi muito bem sucedido, tendo as suas deslocações ao circuito chinês se saldado por duas viagens sem pontos, uma delas, a do ano passado, causada por uma saída de pista quando o Safety Car estava em pista. Fernando Alonso, por seu lado, venceu a corrida da temporada passada de forma autoritária.
Michael Schumacher chega assim a um circuito onde nunca foi bem sucedido com a necessidade de continuar a colocar o líder do campeonato sob pressão. Mas o germânico também tem alguns trunfos do seu lado como é o caso do momento de forma que a Ferrari tem vindo a demonstrar, da superioridade que os pneus da Bridgestone têm evidenciado face aos Michelin e do suporte que lhe é concedido por Felipe Massa.
Estão, portanto, reunidas as condições necessárias para que possamos assistir a mais uma corrida de alto nível em que os candidatos ao título se digladiem justamente pela vitória. No entanto, Alonso e Schumacher poderão encontrar um terceiro oponente em Kimi Raikkonen. O piloto finlandês tem vindo a subir de forma graças à evolução do seu McLaren MP4-21 Mercedes e no Grande Prémio de Itália foi mesmo o mais forte adversário de Michael Schumacher. Caso mantenha em Xangai o nível demonstrado em Monza, não será de estranhar se estragar as contas aos homens que lutam fervorosamente pelo campeonato deste ano.
Um pouco mais atrás no pelotão, Tiago Monteiro tentará por certo esquecer a corrida disputada nos arredores de Milão, onde abandonou após diversos problemas mecânicos o terem afligido ao longo de todo o fim-de-semana. O piloto português realizou na temporada passada uma corrida notável em Xangai e seria bom que ele repetisse essa prestação este ano e batesse convincentemente Christijan Albers, o seu colega de equipa.
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