A Toyota venceu a 90ª edição das 24 Horas de Le Mans, uma prova que ficou para história do automobilismo português, com as vitórias de António Félix da Costa e Henrique Chaves nas respectivas classes.
A equipa do construtor japonês era a favorita ao triunfo na clássica deste ano e desde cedo ficou claro que, se nada de estranho acontecesse, a vitória não lhe escaparia.
Os dois carros construídos em Colónia foram-se revezando no comando da prova e no final seria o #8 – dividido por Brendon Hartley, Sébastien Buemi e Ryo Hirakawa – a levar de vencida, batendo o #7 – pilotado por José Maria Lopez, Kamui Kobayashi e Mike Conway – por pouco mais de dois minutos.
A Glickenhaus conseguiu o derradeiro lugar do pódio – através de Franck Mailleux, Ryan Briscoe e Richard Westbrook – mas nunca conseguiu representar qualquer tipo de ameaça ao domínio avassalador da Toyota, tendo perdido cinco voltas para os dois primeiros.
O segundo carro americano – pilotado por Olivier Pla, Romain Dumas e Luís Felipe Derani – atrasou-se e terminou no quarto posto a 10 voltas dos vencedores.
Pior esteve a Alpine que, com problemas de fiabilidade e erros de pilotos, não foi além vigésimo terceiro da geral a 18 voltas dos vencedores.
Na classe LMP2 António Félix da Costa, Roberto Gonzalez e Will Smith, no ORECA da Jota, dominaram completamente, batendo confortavelmente o carro semelhante da Prema – partilhado por Roberto Kubica, Louis Deletraz e Lorenzo Colombo. No degrau mais baixo do pódio da categoria ficaram Oliver Rasmussen, Ed Jones e Jonathan Aberdein.
Filipe Albuquerque não teve a sorte pelo seu lado, tendo visto o seu carro perder muito tempo logo no arranque, quando Rene Rast deu um toque no carro da United Autosports, pilotado por Will Owen, deixando-o na gravilha da escapatória da primeira curva. No final, o carro número 22 ficou no 14º lugar da geral, depois de alguns problemas técnicos terem também prejudicado a equipa.
Nos GTE Pro viveu-se um domínio inicial dos Corvette, mas os carros americanos acabaram por abandonar devido a problemas técnicos e a um incidente.
Sem a marca de Detroit em pista, a Porsche venceu facilmente – através de Gianmaria Bruni, Richard Lietz e Frédéric Makowiecki – batendo os dois Ferrari, que apesar de terem um BoP que lhe roubava performance, conseguiram ocupar as posições restantes do pódio da classe.
Na GTE Am, Portugal teve também motivos para celebrar, uma vez que Henrique Chaves, na companhia de Ben Keating e Marco Sorenson aos comandos do Aston Martin nº33 da TF Sport, conseguiu recuperar desde décimo nono na grelha de partida até ao primeiro lugar, vencendo a classe na sua estreia em Le Mans.
Nas restantes posições do pódio ficaram Cooper MacNeil, Julien Andlauer e Thomas Merrill, em Porsche, e Paul Dalla Lana, David Pittard e Nicki Thiim, em Aston Martin.
|